Histórico de Eventos DA
Amatiwana Trumai. A pintura da nostalgia.
Exibição do filme (30 min) + conversa com Emmanuel de Vienne (Universidade Paris Ouest Nanterre)
Que tipo de Amazônia emerge do esforço contemporâneo da modelagem computacional em tentar prever os efeitos que as mudanças climáticas vão ter na floresta? Em sua pesquisa que será apresentada nesta sexta-feira, 9 de maio, Felipe Mammoli, doutor em Política Científica e Tecnológica - DPCT/Unicamp, parte da Antropologia da Ciência e dos Science and Technology Studies (STS) para discutir como questões computacionais e ecológicas se misturam nas práticas de produção de conhecimento sobre o futuro da floresta amazônica. A partir de uma etnografia no Laboratório de Modelagem Computacional do programa internacional de pesquisa sobre a Amazônia, o AmazônFACE, Mammoli propõe que existe uma nova floresta amazônica tomando forma, uma que não é feita de seres vivos e não vivos e nem está localizada na América do Sul, mas sim uma floresta desagregada, composta de dados digitais e distribuída globalmente em diversos sistemas de dados ambientais globais. O evento acontecerá no Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA).
O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP) receberá no dia 29/04/2025, às 14h30, a palestra "Ruínas do fotográfico: migrações dos arquivos de família e seus ecossistemas de pertencimento" proferida pela pesquisadora Dra. Fabiana Bruno, pós-doutoranda do Departamento de Antropologia da USP supervisionada pela Profa. Dra. Sylvia Caiuby Novaes.
A palestra abordará o contexto e as políticas de “acervos emergentes” formados com fotos abandonadas ou descartadas, em particular, fotografias vernaculares de família desvinculadas de álbuns pessoais. O ponto de partida será a apresentação de um panorama de histórias de três “acervos emergentes” pesquisados: Arab Image Foundation (AIF), Líbano; Found Photo Foundation, Inglaterra; e ACHO – Arquivo Coleção de Histórias Ordinárias, Brasil.
O tema da educação escolar indígena, nos últimos vinte e cinco anos, recebeu renovado interesse antropológico, acompanhando as mudanças na legislação decorrentes da Constituição de 1998 e o movimento indígena de reivindicação por escolarização, acesso ao Ensino Superior e à pós-graduação. As etnografias sobre escolas indígenas recentes têm revelado articulação do cotidiano escolar com várias outras esferas da vida social (xamanismo, corporalidade, noção de pessoa, gênero, organização social e política, entre outros). Apesar das dificuldades da gestão das escolas indígenas no Brasil, várias experiências têm conseguido transformar seu cotidiano de forma a dar espaço para fontes de conhecimentos não hegemônicos, mestres não humanos e processos alternativos de ensinar e aprender. Sugiro que o chão dessas escolas são espaços privilegiados de emergência de um diálogo inter-epistêmico mais equitativo, pois ancorados no cotidiano das aldeias, com suas dinâmicas e temporalidades próprias.
Ilê Aiyê: a fábrica do mundo afro
fotografias de Milton Guran
tradução de Mirella Botaro e Raquel Camargo
Evento com a presença do autor, de Luiz Paulo Ferreira Santiago (PPGAS) e de Heitor Frúgoli Jr. (docente do DA/PPGAS).
Na próxima quinta-feira, 10 de abril, será exibido no Laboratório de Imagem e Som em Antropologia - LISA/USP o filme Holobiont Society da artista suíça Dominique Koch. A atividade acontecerá a partir das 20h.
Compondo uma exposição visual que vem rodando por vários países, Holobiont Society mergulha em um conjunto complexo de questões relacionadas a hierarquias, estruturas de poder e conceitos de coexistência, definidos no termo holobionte.
Criado pela bióloga Lynn Margulis, co-desenvolvedora da hipótese de Gaia, o conceito refere-se a uma unidade ecológica e evolutiva integrada formada por um organismo hospedeiro e todos os micro-organismos que vivem em associação com ele.
No filme, o holobionte é visualizado por meio de imagens científicas de corais, bactérias e outros organismos simbióticos, que emergem na tela junto com um elaborado design sonoro, que atua em sinergia com trechos de entrevistas da bióloga, feminista e escritora Donna Haraway, além do filósofo e sociólogo Maurizio Lazzarato e do biólogo molecular Scott Gilbert.
Esta comunicação é um convite para que se coloque “deficiência na cabeça” ao se fazer antropologia. Pensar com deficiência retorce provocativa e severamente nossos repertórios imaginativos, nossas suposições sobre o que pode e o que não pode um corpo, nossas compreensões sobre o que é ser sujeito, nossas linguagens sobre igualdade, diferença e hierarquia, nossos horizontes de desejo, nossos horizontes políticos, nossas compreensões de moralidade, nossas compreensões do que é bom, do que é íntegro, do que é completo, do que é humano, do que é compartilhado ou universal. Na comunicação, abordaremos essas questões por meio de um percurso por trabalhos e contribuições críticas dos estudos com deficiência na antropologia, com foco na produção brasileira e nas recentes transformações no universo do Ensino Superior.
Editora 34 e Centro de Estudos Ameríndios da USP convidam para o lançamento de Mitologia dos índios Chulupi, de Pierre Clastres - tradução de Ian Packer e posfácio de Beatriz Perrone-Moisés.
Bate-papo com Antonio Guerreiro e Renato Sztutman
Presença da Ausência: Uma análise da branquitude em cinco imagens brasileiras - Lilia Schwarcz
Há mais de um ano de genocídio contra a Faixa de Gaza e um cessar fogo que em realidade redireciona a ofensiva de Gaza para a Cisjordânia, a edição de fevereiro da Sexta do Mês abre espaço para reflexão acerca das experiências de exílio, deslocamento forçado e agência do povo palestino no contexto da diáspora brasileira. À luz da mais nova obra da antropóloga Bárbara Caramuru, intitulada Palestina em Movimento: a diáspora a partir de um olhar interseccional, publicada em 2024, propomos o exercício de articular conhecimento etnográfico ao cenário político contemporâneo do Oriente Médio pela perspectiva da diáspora através de Ualid Rabah, atual presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil.