Disciplinas Oferecidas no Semestre
Os conceitos de cultura (e seus processos de atribuição de significado) e de sociedade (organização, estrutura, instituição e função sociais) abordados a partir de dimensões como arte, parentesco, religião, economia etc. O método comparativo e a observação participante como fundamentos da pesquisa etnográfica.
Propiciar a reflexão teórica e metodológica sobre conceitos fundamentais da antropologia social britânica e do culturalismo norte-americano (fases clássicas). Debater como as teorias clássicas se relacionam com as temáticas da diversidade cultural, das relações raciais e do racismo, e das diversidades religiosas no ambiente da sociedade e no contexto escolar. Explorar questões, conteúdos e materiais (textos de divulgação, filmes – documentários e ficções –, ensaios fotográficos, reportagens, acervo disponível no Laboratório de Imagem e Som de Antropologia – LISA) relacionados ao curso, de forma a instrumentalizá-los na capacitação dos alunos para a docência.
Apresentar ao aluno do curso de Psicologia as principais escolas e correntes do pensamento da Antropologia e sobretudo estabelecer um debate em torno de temas comuns. Nesse sentido, o programa insistirá na análise da dimensão simbólica e cultural de elementos que parecem apenas naturais, assim como se deterá na conceituação de temas como cultura, estrutura, função, símbolo e inconsciente.
Possibilitar ao aluno de ciências sociais um aprofundamento de temas e conceitos em debate na antropologia contemporânea. Discutir como os temas da diversidade sociocultural se inserem no contexto da educação e da escola, tais como os marcadores da diferença (gênero, sexualidade, geração, idade, região, classe), construindo projetos transversais que possam ser aplicados empiricamente. Explorar questões, conteúdos e materiais (textos de divulgação, filmes – documentários e ficções –, ensaios fotográficos, reportagens, acervo disponível no Laboratório de Imagem e Som de Antropologia – LISA) relacionados ao curso, de forma a instrumentalizá-los na capacitação dos alunos para a docência.
A disciplina tem como objetivos: a)analisar e discutir os conceitos que fundamentam e orientam a prática da pesquisa de campo em Antropologia e a diferenciam das outras ciências sociais; b) estimular o aprendizado da prática da etnografia através de experiências concretas em campo; c)ensinar o processo de elaboração do projeto e do relatório de pesquisa. Com vistas à formação profissional de professores, o curso tem como objetivos específicos a) a realização de atividades de interpretação e análise de textos, imagens e vídeos, bem como de produção textual (verbal e escrita) e, consequentemente, o aprimoramento de competências e habilidades relacionadas à expressão em língua portuguesa; b) explorar questões, conteúdos, materiais (textos de divulgação, filmes – documentários e ficções –, ensaios fotográficos, reportagens etc.) relacionados ao curso de forma a instrumentalizá-los na capacitação dos alunos como docentes c) estabelecer como rotina o acesso às tecnologias de informação e comunicação na interface do ensino-aprendizagem (por exemplo, uso da plataforma moodle, disponibilização de materiais em nuvem, a exposição de conteúdos com apoio de recursos multimídia, estimular a consulta e utilização do acervo filmográfico do Laboratório de Imagem e Som de Antropologia (LISA) etc.
O curso visa a oferecer uma introdução geral à abordagem da sexualidade da perspectiva das ciências sociais, com foco privilegiado (mas não exclusivo) na Antropologia. O ponto de partida é a abordagem clássica do tema na disciplina, centrada na modelagem cultural do sexo, Segue-se um percurso de elaborações cronologicamente posteriores - tendo em vista o impacto do interacionismo simbólico, do estruturalismo, da obra de Foucault, do feminismo e dos estudos sobre homossexualidade - com ênfase na problematização crescente das relações entre natureza e cultura, corporalidades e gênero, corporalidades e identidades sexuais, que se manifestam tanto no debate teórico como em convenções sociais, técnicas corporais e movimentos políticos contemporâneos.
Quanto ao conteúdo, pretende-se:
- trabalhar alguns aspectos jurídico-antropológicos do conceito de cultura, especialmente o debate universalidade X particularidades;
- analisar estudos brasileiros recentes relativos a questões tanto de impacto jurídico quanto de relevância antropológica.
- refletir a respeito de algumas relações teóricas e prático-profissionais entre antropologia e direito;
Didaticamente, pretende-se sensibilizar os alunos para a potencialidade do debate interdisciplinar que envolve Antropologia e Direito, especialmente através de questões pertinentes aos temas da criminalidade e direitos humanos.
Investigar com alunos das ciências sociais as possibilidades de uma antropologia que se inspira no pensamento crítico de Walter Benjamin e dramaturgia de Bertolt Brecht.
Este curso tem por objetivo apresentar correntes da antropologia política, dando destaque especial ao diálogo entre ideias da etnologia e da filosofia política.
O curso tem como objetivo central lançar uma reflexão ampliada sobre a noção de criação, afastando-a das trilhas correntes que tendem a associá-la ao engenho inventivo de um sujeito (individual ou coletivo), e à elaboração de coisas novas em função de projetos que incidem sobre o mundo ao redor. O intuito é testar os rendimentos analíticos da noção quando experimentada em domínios outros, alargando-a com o auxílio de pesquisas realizadas em terrenos variados: criação de gentes, animais, roças, objetos etc. Em um segundo tempo, trata-se de focalizar as artesanias que, interpretadas à luz dessa série semântica ampliada, logram separar-se de vias interpretativas usuais que as associam, de um lado, à “tradição” e, de outro, às identidades e resistências. Menos do que negar a importância das discussões existentes, o intuito é deslocar a reflexão, com o auxílio de análises variadas, que auxiliarão, entre outras coisas, a que procedamos ao escrutínio crítico de categorias tais como “arte popular”, “arte primitiva”, “folclore”, “artesanato”, “tradição” etc.
Prof. Ana Claudia Duarte Rocha Marques
O curso se debruçará sobre produções etnográficas e sobre teorias antropológicas que, em abstrato, problematizam as múltiplas e variadas formas de manifestação da memória em diferentes formações sociais. Os debates concernentes ao relativismo ou universalismo conceituais do tempo e da história situam-se aí de maneira tributária. Este curso propõe, assim, um recorte bastante específico sobre temas que são tão amplos quanto controversos, dentro e fora da Antropologia. Com algumas digressões pela Sociologia, pela História e pela Filosofia, o propósito do curso é a busca de instrumentos analíticos para dar conta de diferentes apreensões, representações, elaborações e sentidos de memória, tempo e história que os antropólogos percebem e procuram descrever entre os sujeitos que estudam. Da mesma forma que pretende refletir sobre os alcances e limites desses mesmos instrumentais.