Histórico de Eventos DA
Com Juliana Borges (FESPSP) e Juliana Farias (PAGU/Unicamp) Mediação: Milena Mateuzi (PPGAS/USP) Nos últimos meses, o uso da força do Estado se fez presente nos principais veículos midiáticos do país. A intervenção militar no Rio de Janeiro, o assassinato de Marielle Franco na sequência de denúncias contra a violência policial em Irajá (RJ), bem como o uso da violência como forma corriqueira de resolução dos conflitos no campo, somaram-se ao longo histórico de violências e assassinatos através dos quais grupos dominantes exercem seu poder. O direito de decisão sobre a vida e a morte compõem, segundo o filósofo Achille Mbembe, os atributos fundamentais da soberania, que através do uso político da morte (necropolítica) busca subjugar e imobilizar pessoas e grupos sociais específicos. A estas mortes por uso direto da força somam-se as mortes invisíveis e cotidianas, pela reprodução de condições de miséria e exclusão social, que nos impele a pensar questões relativas à visibilidade e reconhecimento da própria morte enquanto produto da violência socialmente orientada da necropolítica.
ATENÇÃO: A conferência do dia 12/06 acontecerá no auditório do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – LISA, na Rua do Anfiteatro 181, conjunto colmeias, favo 10. Antropólogos e historiadores de cinco países vão discutir os sentidos e o uso do termo "revolução" e seus efeitos políticos nos seguintes contextos nacionais pós-coloniais: Cuba, Venezuela, Haiti, Argentina, Brasil, Angola, Moçambique, Portugal e Vietnã. Serão examinadas questões como: Quando diferentes atores sociais falam de "revolução", a que processos, grupos ou instituições se referem? Como eles competem pela definição dessa palavra-chave? Que tipo de ambiguidades ela possibilita? Como e até que ponto ela ajuda a legitimar formas de poder e de ação política? Qual a relação dos sentidos locais do termo "revolução" com imaginações nacionalistas e formas de temporalidade? Em que contextos e de que forma o termo adquire um valor político fetichizado? Como o uso do termo se relaciona a processos político-econômicos e a tradições e contextos semióticos globais, locais e nacionais? A programação do evento pode ser conferida aqui. Os trabalhos serão apresentados em inglês. Os comentários dos debatedores e a discussão com o público serão em português com tradução consecutiva para o inglês.
NAPEDRA EM PERFORMANCE: CRIAÇÕES VIII Confira aqui a programação completa do evento. Data: 6, 7 e 8 de junho de 2018 Local: Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – LISA Rua do Anfiteatro 181, conjunto colmeias, favo 10 Organização: Núcleo de Antropologia, Performance e Drama – NAPEDRA Núcleo de Cultura e Extensão em Artes Afro-Brasileiras da USP Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – LISA
Fenômeno de visibilidade relativamente recente, os povos indígenas vem crescentemente mobilizando, no contexto de seus embates com o Estado (brasileiro ou outros), imagens da terra e da Terra (Natureza, Ambiente, Planeta) irredutíveis ao estatuto de bem imóvel inscrito em um regime de propriedade em termos do qual são geralmente reconhecidos (e frequentemente desconhecidos) os seus direitos territoriais. Apostamos que essas imagens, parte da cosmopolítica indígena contemporânea, conectam-se parcialmente àquilo que escolhemos (no âmbito do Laboratório de Antropologias da Tterra) chamar de T/terra — e que consideramos ter estado sempre presente nas etnografias. Mas bifurcados: ee um lado, nos estudos das sociocosmologias indígenas, sob a forma do tema “espaço” através de variadas escalas (o espaço da casa, da aldeia, do cosmos), como codificação simbólica das relações entre humanos bem como entre humanos e não-humanos. De outro lado, nos estudos etnohistóricos, de contato ou arqueológicos, sob a forma seja do território como extensão constitutiva ou expressiva de um domínio político, seja do ambiente como substrato material da vida indígena.
Atividade: Exibição do filme documentário "Ver Peixe" e debate com os professores e realizadores Gabriel Coutinho Barbosa (UFSC), Rafael Devos (UFSC) e Viviane Vedana (UFSC). Filme a ser exibido e debatido: - Ver peixe (46 min) Promoção: Lapod (Laboratório de Estudos Pós-Disciplinares do IEB/USP) Labieb (Laboratório Interdisciplinar do IEB/USP) Informações: www.ieb.usp.br/ver-peixe
Entre os dias 07 e 30 de maio, o CINUSP Paulo Emílio apresenta a mostra Cinema e Antropologia, explorando algumas das teorias e práticas do cinema antropológico desenvolvidas durante o último século. A curadoria realizada pelo CINUSP em parceria com Richard Peña, professor emérito da Columbia University, busca estimular a produção e transmissão de conhecimento antropológico, estabelecendo um diálogo e uma reflexão a respeito da relação entre cultura e indivíduo, entre reencenações, rituais, viagens e olhares. Além dos filmes, a mostra conta também com palestras abertas ao público, que serão realizadas de 9 a 22 de maio. Informações: http://www.usp.br/cinusp/
CEstA e GRAVI convidam para: Palestra do Prof. Carlo Carlo Severi (Directeur d'études EHESS, Directeur de recherche CNRS, Responsable de l'équipe ANR "Art, rituel, mémoire) Forms of thought, from what Lévi-Strauss called the “systematization [of] what is immediately presented to the senses,” to the causal theories studied by Evans-Pritchard in witchcraft, have generally been interpreted as an expression of a specific language or “culture.” In this paper, I discuss this way of defining thought. Three classic objections are examined: (1) societies sharing the same “system of thought” may speak different languages, and vice versa; (2) if a relation between language and thought exists, it is an indirect and controversial one, and we should never take it for granted (or infer qualities of thought from language structures) without further investigation; (3) the languages that we use to qualify different kinds of thought are constantly translated.
What are the challenges of trying to represent the lives of migrant artists through film? Jasper Chalcraft and Rose Satiko Gitirana Hikiji are currently making a film on the São Paulo-based Mozambican musician Lenna Bahule. This workshop invites scholars and practitioners from anthropology, ethnomusicology and related disciplines to view a work in progress and to critically analyse the decisions – theoretical, practical, and above all ethical – that the filmmaker/anthropologist must make in trying to represent the artist’s transnational life. In so doing the workshop investigates gender politics in both Mozambique and Brazil, questions of artistic freedom, the institutionalisation of cultural production and consumption, and the politics of representation.
Natureza do curso: Atualização Público Alvo: Pesquisadores que querem desenvolver obras audiovisuais a partir de suas pesquisas; documentaristas em fase de pré ou pós-produção; público interessado em geral. Objetivo: A Oficina de Escritura Audiovisual é uma imersão prática/teórica que explora a narrativa audiovisual documental a partir de exercícios de estruturação de projeto, desenvolvimento de roteiro e produção experimental de imagem e som, utilizando-se de uma plataforma multimídia que integra fotografa, áudio, vídeo e texto: a Página Club. A partir da revisão das principais vertentes do documentário de criação, das estruturas narrativas e das estratégias estéticas e de abordagem, o objetivo do curso é fazer com que os participantes criem e/ou desenvolvam seus projetos durante a oficina. Programa: CLIQUE AQUI Carga horária: 30.00h Vagas: máximo: 20 alunos mínimo: 20 alunos Certificado/Critério de Aprovação: Mínimo de 85% de presença. Coordenação: Profa. Dra. Sylvia Caiuby Novaes, da FFLCH/USP. Ministrante(s): Carolina Caffé Alves Costa Lino. Documentarista e antropóloga visual. Dirige documentários e desenvolve projetos sócio-culturais, além de vídeos jornalísticos e mídias artísticas.