Histórico de Eventos DA
Ilê Aiyê: a fábrica do mundo afro
fotografias de Milton Guran
tradução de Mirella Botaro e Raquel Camargo
Evento com a presença do autor, de Luiz Paulo Ferreira Santiago (PPGAS) e de Heitor Frúgoli Jr. (docente do DA/PPGAS).
Na próxima quinta-feira, 10 de abril, será exibido no Laboratório de Imagem e Som em Antropologia - LISA/USP o filme Holobiont Society da artista suíça Dominique Koch. A atividade acontecerá a partir das 20h.
Compondo uma exposição visual que vem rodando por vários países, Holobiont Society mergulha em um conjunto complexo de questões relacionadas a hierarquias, estruturas de poder e conceitos de coexistência, definidos no termo holobionte.
Criado pela bióloga Lynn Margulis, co-desenvolvedora da hipótese de Gaia, o conceito refere-se a uma unidade ecológica e evolutiva integrada formada por um organismo hospedeiro e todos os micro-organismos que vivem em associação com ele.
No filme, o holobionte é visualizado por meio de imagens científicas de corais, bactérias e outros organismos simbióticos, que emergem na tela junto com um elaborado design sonoro, que atua em sinergia com trechos de entrevistas da bióloga, feminista e escritora Donna Haraway, além do filósofo e sociólogo Maurizio Lazzarato e do biólogo molecular Scott Gilbert.
Esta comunicação é um convite para que se coloque “deficiência na cabeça” ao se fazer antropologia. Pensar com deficiência retorce provocativa e severamente nossos repertórios imaginativos, nossas suposições sobre o que pode e o que não pode um corpo, nossas compreensões sobre o que é ser sujeito, nossas linguagens sobre igualdade, diferença e hierarquia, nossos horizontes de desejo, nossos horizontes políticos, nossas compreensões de moralidade, nossas compreensões do que é bom, do que é íntegro, do que é completo, do que é humano, do que é compartilhado ou universal. Na comunicação, abordaremos essas questões por meio de um percurso por trabalhos e contribuições críticas dos estudos com deficiência na antropologia, com foco na produção brasileira e nas recentes transformações no universo do Ensino Superior.
Editora 34 e Centro de Estudos Ameríndios da USP convidam para o lançamento de Mitologia dos índios Chulupi, de Pierre Clastres - tradução de Ian Packer e posfácio de Beatriz Perrone-Moisés.
Bate-papo com Antonio Guerreiro e Renato Sztutman
Presença da Ausência: Uma análise da branquitude em cinco imagens brasileiras - Lilia Schwarcz
Há mais de um ano de genocídio contra a Faixa de Gaza e um cessar fogo que em realidade redireciona a ofensiva de Gaza para a Cisjordânia, a edição de fevereiro da Sexta do Mês abre espaço para reflexão acerca das experiências de exílio, deslocamento forçado e agência do povo palestino no contexto da diáspora brasileira. À luz da mais nova obra da antropóloga Bárbara Caramuru, intitulada Palestina em Movimento: a diáspora a partir de um olhar interseccional, publicada em 2024, propomos o exercício de articular conhecimento etnográfico ao cenário político contemporâneo do Oriente Médio pela perspectiva da diáspora através de Ualid Rabah, atual presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil.
PALESTRA COM PEDRO LOLLI (UFSCar)
Farmacologias sonoras no alto rio Negro: (re)generação e degeneração de corpos
A partir da região do alto rio Negro e da minha experiência etnográfica junto ao povo Yuhupdeh, pretendo refletir sobre os benzimentos de cura e de proteção, os instrumentos de sopro Jurupari e suas associações com os processos de (re)generação e degeneração dos corpos. Proponho abordar os benzimentos e os instrumentos Jurupari como uma tecnologia andrógena de inseminação artefactual que não só (re)genera os corpos, mas também os degenera, ao modo de uma farmacologia sonora. Para tanto, tomarei como base etnográfica um conjunto de histórias de antigamente contadas por diversos povos que habitam a região do alto rio Negro (Tukano, Yuhupdeh, Hupd’äh, Desano etc.) que contam sobre as gêneses dos benzimentos e dos instrumentos Jurupari; um conjunto de trabalhos antropológicos, alguns deles produzidos por indígenas da região, que tratam do assunto; e por fim, um conjunto de material etnográfico de registros sonoros dos instrumentos Jurupari e das formas verbais dos benzimentos realizados ao longo de minha pesquisa etnográfica
Para mais informações, ver https://metis.fflch.usp.br
A Sexta do Mês convida todes para a mesa temática de novembro!
Tema: A encantaria do tambor de mina em São Paulo
O tambor de mina é uma religião afrobrasileira predominante nos estados do Pará e Maranhão, chegando em São Paulo por volta da década de 1970 pelo paraense Francelino de Xapanã, que trouxe consigo diversos elementos culturais muito presentes nas realidades paraense e maranhense, que se adaptaram à capital paulistana por meio desse movimento migratório. Tendo como entidades cultuadas voduns e orixás, o tambor de mina também traz uma categoria conhecida como “encantados”, aqueles que não passam pelo processo de morte, se “encantam” e habitam as “encantarias”. Para dialogar sobre este universo mineiro, traremos três sacerdotes filhos de Pai Francelino para discutir sobre estes elementos.
Convidades
• Toy Voduno Márcio de Boço Jara (Sacerdote da “Casa das Minas de Thoya Jarina”)
• Onontochê Sandra de Xadantã (Sacerdotiza do Kwê Mina Odan Axé Boço Dá-Hô)
• Dàda Voduno Leonardo de Doçu (Sacerdote do Bou Hou Mina Jeje Nagô)
Mediação
Yasmin Estrela (Doutoranda do PPGAS/USP)
Palestra com Guilherme Bianchi (Departamento de História/USP) Conflito, convívio e transformação na história recente dos Asháninka da Amazônia peruana
Conflito, convívio e transformação na história recente dos Asháninka da Amazônia peruana