Convidamos você para uma conversa sonora sobre o filme “Floresta de Fitas” dirigido por Priscilla Ermel, que estará presente nas sessões AntropoCena, com mediação de Rose Satiko Gitirana Hikiji.
As exibições irão acontecer no auditório do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da Universidade de São Paulo (LISA-USP), nos dias:
23 de setembro de 2025: sessões às 14h e às 16h
24 de setembro de 2025: sessão às 19h
Em "Floresta de Fitas", a compositora e multi-instrumentista paulistana Priscilla Ermel revisita sua trajetória artística junto com a poeta Cora Coralina e a antropóloga Carmen Junqueira revelando ressonâncias entre as criações musicais nos estúdios analógicos nos anos 1980 e o universo onírico da etnia indígena Cinta-Larga com quem a artista conviveu nesse período. O roteiro é alinhavado pelas histórias destes personagens que participam do seu primeiro álbum "Saber Sobre Viver", produzido pelo lendário engenheiro de som Hugo Gama.
Com sólida formação artística e acadêmica, Priscilla Ermel é compositora, artista multimídia e antropóloga. Sua obra é diversificada e difundida em álbuns discográficos e produções audiovisuais, com destaque para o filme “Ti Etê: Rios de Luz - Sinfonia Multi-Étnica” (2016) gravado pela Orquestra Brasil Jazz-Sinfônica, com a participação dos índios Ikolen Gavião (RO) e o Grupo Cupuaçu (MA), e para o álbum duplo em vinil “Origens da Luz” (2020) produzido por John Gómez: https://pitchfork.com/reviews/albums/priscilla-ermel-origens-da-luz/
Também realizou outros projetos audiovisuais de grande relevância, como “Fogo das Marés”, “O Arco e a Lira”, “Brilho da Noite”, “Prazer Com Sagrado”, “O Canto das Canoas”, “A História em Versos” e “Os Engenhos de Chiquinho Carneiro”.
Parte de sua obra musical, por sua vez, está publicada nos álbuns “Saber Sobre Viver” (1985), “Tai-Chi, Gestos de Equilíbrio” (1989), “Cine Mato Gráfico” (1990), “Campo de Sonhos” (1991) e nas coletâneas “Essencial” (1994), “Brazilian Lullaby” (1999), “Outro Tempo: Electronic and Contemporary Music from Brazil, 1978-1992” (2017) e “Outro Tempo II” (2019).
Com profundo conhecimento da música tradicional e popular brasileira, Priscilla foi diretora musical do programa "Som Brasil" da TV Globo, em 1989, sendo responsável por inúmeras trilhas sonoras para teatro, televisão, vídeo e cinema. Recentemente, apresentou-se com o grupo Líricas Históricas na turnê do projeto “Sonora Brasil - Líricas Femininas” (2019).
Como antropóloga, publicou dois trabalhos acadêmicos: a dissertação de mestrado em etnomusicologia indígena “O Sentido Mítico do Som - Ressonâncias Estéticas da Música dos Índios Cinta-Larga” (1988), pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e a tese de doutorado em sociologia da música negro-africana “A Palavra da Música - Iniciação ao Universo Sonoro Negro-Africano Dogon”, desenvolvida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH). Realizou pós-doutorado em antropologia audiovisual com o projeto "A Tradição Oral na Música Brasileira", no Departamento de Antropologia da USP, e durante a pesquisa fez um estágio de especialização no Laboratoire d’Anthropologie Sociale (LAS) do Collège de France, Paris.
Atualmente, é pesquisadora associada aos grupos de pesquisas sediados no LISA-USP: Grupo de Antropologia Visual (GRAVI) e Pesquisas em Antropologia Musical (PAM). Como realizadora de documentários etnopoéticos, teve seu trabalho “O Arco e a Lira” premiado internacionalmente: https://lisa.fflch.usp.br/node/212
Saiba mais sobre Priscilla Ermel no site: www.priscillaermel.com.br
AntropoCena é uma iniciativa do LISA e tem como objetivo trazer para o público a produção audiovisual realizada por pesquisadores da USP, por meio de exibições e debates.
- O evento vai acontecer na Rua do Anfiteatro, nº 181, favo/sala 10, Cidade Universitária, SP
- Entrada gratuita, sujeita à limitação do espaço
- Não há inscrições