Histórico de Eventos DA
com Flavia Medeiros (UFSC) e Aline Feitoza de Oliveira (Caaf-Unifesp)
mediação: Aline Murillo (PPGAS-USP)
Quinta-feira, 28 de maio de 2020, 17h
No canal da sexta do mês no youtube - bit.ly/2XuCu25
com Denise Pimenta (PPGAS/USP) e João Felipe Gonçalves (USP)
mediação: Renato Sztutman (USP)
[transmissão ao vivo no canal da Sexta no YouTube]
https://www.youtube.com/channel/UC_7nMNIs862VNf2AgrJPPrg
Devido aos eventos relacionados à pandemia do Covid-19, o evento foi adiado e uma nova data será divulgada em breve.
Apresentando áudios e vídeos registrados em diversos estados, a atividade é uma viagem pelo Brasil através de nossas tradições populares hoje, seus mestres, comunidades e artistas. Discutindo questões como a memória ligada à composição, as ferramentas criativas da transmissão oral, complementaridade e diluição na relação criador /consumidor, funcionalidade da construção formal, autoria x recriação e outras, essas tradições são reveladas como arte contemporânea e atemporal.
CEstA Intempestiva com Marco Antonio Gonçalves (PPGSA/UFRJ)
“Os cristais do tempo”: impermanência, imperfeição, inacabamento (Lições de ontologia pirahã)
A partir de duas viagens recentes (2016, 2017) à terra dos Pirahã após 23 anos de minha última viagem, encontrei configurações e arranjos que permitiram propor uma formulação de um modo expressivo, fundado em sua ontologia, de construir relações espaciais e temporais com os chamados awe (brancos). Partindo de percepções filosóficas próprias do universo Pirahã como as de impermanência, imperfeição e inacabamento modulamos o que se descreve como “imagem tempo”, engendrada por múltiplas conexões, que ao sitiar espaços naturalizados, dessubstancializa conceitos como os de localidade, identidade, memória, finitude, história.
CEstA Intempestiva
Palestra: "Quem conquistou México?”
Prof. Dr. Federico Navarrete Linares (UNAM - “México)
Além da explicação mais conhecida, segundo a qual o México ou, mais exatamente, o Império Asteca, teria sido conquistado em 1521 pelos espanhóis, a palestra demonstrará que, na realidade, os conquistadores foram Malinche, a jovem escrava tradutora de Hernán Cortés, e os exércitos de Tlaxcala, entre muitos outros povos indígenas que apoiaram, guiaram e deram a vitória aos espanhóis. Explorar estas e outras possibilidades nos levará a uma interpretação bastante distinta de tais eventos e de suas consequências.
This talk advances preliminary thoughts on the production of history in the precarious informal community of New Jerusalem, in the southern Philippine town of Dapitan. This community is the sacred capital of the Kingdom of God, a Messianic organization whose most important rituals are history classes based on elaborate arithmetic and on a combinations of Biblical and Phillippine national narratives. As several other Phillipine groups, this organization sees national hero José Rizal (1861-1895) as God Himself, but interprets him in a particular way, as part of an arithmetic-based plot that portrays the Phillipines as the new promised land of the Israelites. Based on fieldwork conducted in January and February 2019, this lecture examines how, by putting history, arithmetic and nationalism at the center of its theology, the Kingdom of God attracts impoverished people from throughout the country; produces a temporality that is both repetitive and teleological; gives a sacred meaning to colonial and Post-colonial histories; and antecipates a future of autonomy, equality, health, and wealth for Filipinos.
Uma palestra (em inglês) do
Prof. João Felipe Gonçalves
Departamento de Antropologia
Universidade de São Paulo
Partindo de pesquisas etnográficas nas Filipinas, esta palestra refletirá sobre as maneiras pelas quais a dimensão da vertical moldou a experiência humana, concentrando-se na altura humana e em sua criação, significados e materialidades.
Uma palestra (em inglês) do
Prof. Gideon Lasco
Departamento de Antropologia
Universidade das Filipinas Diliman
Manila, Filipinas
Debatedor:
Prof. João Felipe Gonçalves
Departamento de Antropologia
Universidade de São Paulo
27, 28 e 29 de novembro de 2019
Organização:
Núcleo de Antropologia, Performance e Drama – NAPEDRA
Laboratório de Imagem e Som em Antropologia – LISA
quarta-feira, 27, manhã, 9h30
1 Movimento quadril: dos ricochetes do quadril feminino “periférico” à construção de subjetividade em contextos anti-patriarcais
Ana Carolina Alves de Toledo (Grupo Terreiro de Investigações Cênicas/UNESP)
2 Indumentárias, trajes e vestimentas de candomblé: perpetuação na diáspora brasileira
José Roberto Lima Santos (Grupo Terreiro de Investigações Cênicas/UNESP)
3 “O jogo de facho das comadres”: corpo, técnica e performance das marisqueiras (Matarandiba, Ba)
Renata Freitas Machado (Napedra/USP)
quarta-feira, 27, tarde, 14h
1 Réus e jurados nos palcos e bastidores dos Tribunais do Júri brasileiro e francês: eloquências do silêncio e da voz
Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer (Núcleo de Antropologia do Direito – Nadir/USP)
2 Reflexões sobre patrimônio cultural como experiência e performance
Carlos E. R. Gimenes (Napedra/USP)
quarta-feira, 27, tarde, 16h30
“O encontro com nossos antigos”: mito e parentesco numa aldeia yine em Madre de Dios (Peru)
Minha pesquisa visa na relação entre a população indígena yine da aldeia "Monte Salvado" (Madre de Dios, Peru) e os mashco piro, um povo considerado ‘isolado’ pelos governos do Brasil e Peru. Essa relação é baseada principalmente em poucos encontros por ano, meio caminho entre ‘encontros amistosos’ e ‘situações de guerra’, ainda evitando o contato físico direto.
À medida que os encontros entre esses grupos confirmaram inteligibilidade linguística, em Monte Salvado foi criada a ideia que os mashco piro fazem parte de uma grande sociedade yine antiga, da qual também formavam parte seus próprios antepassados. Para os yine de Monte Salvado, as conexões entre o que chamam de wutsrukatenni (‘nossos antigos') e os mashco piro são evidentes: assim como os 'antigos', os mashco piro são grandes guerreiros e xamãs, e mal tem acesso a objetos de metal e roupas ocidentais.
O GRAVI convida para o Ciclo de palestras: O sexo dos robôs no cinema com o Prof. Riccardo Putti
O ciclo de palestras aborda os robôs no cinema de ficção analisando os filmes: Il Casanova de Fellini (um episódio), Metropolis de Fritz Lang, Her de Spike Jonze, Ex Machina de Alex Garland, Blade Runnerde Ridley Scott e Blade Runner 2049 de Denis Villeneuve.
O curso contextualiza a figuração fílmica das entidades robóticas e sua representação como um duplo humano, explorando a natureza antropomórfica e sua sexualização. Faz uma viagem fugaz pelos ancestrais mecânicos e pelas figuras imaginárias que precederam e acompanharam o nascimento dos autômatos desde os robôs até os cyborgs. Realiza uma jornada não apenas pelas regiões do imaginário cinematográfico, mas também pela representação do outro zoo-techno-terio-morpho, em especial, uma jornada pela hibridização, no entrelaçamento com o outro, na construção de figurações sexualmente quiméricas como lugares de desejo e cuidado.