Casas de Bambas: macumbas e carnavais em São Paulo
A pesquisa aborda sobre as tecnologias ancestrais que mantém a relação das redes de sociabilidades negras, entre elas as práticas festivas e religiosas, observadas na organização das escolas de samba de São Paulo. São expressões que se moldam a partir da relação de sambistas fundadores das mais antigas agremiações paulistas com os sambistas cariocas.
Apontamos que o ethos festivo que marca as religiões de matrizes africanas se espraia por outras dimensões da sociedade brasileira como nas artes (música, dança, pintura, cinema, literatura etc.) e nas festas, especialmente no carnaval. Assim, a experiência da religião, marcada por esta dimensão duplamente sagrada e lúdica, impregna o “sentido de mundo” dos adeptos que passam a conviver fora dela preferencialmente em espaços sociais que possibilitem a reiteração de “esquemas de sentido” (cosmopercepção) construídos na religião.