IMPACTOS E DESAFIOS DE PESQUISA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

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transmissões ao vivo no canal do GEAC no Youtube.

Ciclo de seminários do Grupo de Estudos de Antropologia da Cidade
Segundas, quartas e sextas às 19h de 26/08 a 04/09
transmissões ao vivo no canal do GEAC no Youtube: www.linktr.ee/geac

Dentre as indagações que emergem na atual pandemia, sublinha-se o que passa a ser possível pesquisar, do ponto de vista etnográfico, frente às restrições de várias ordens às interações sociais face a face, dados os cuidados necessários para se evitar a transmissão do Covid-19. O presente ciclo de seminários busca dialogar com essa realidade, com ênfase nas mudanças em curso na vida urbana, através da abordagem sobre pesquisas em andamento de integrantes do GEAC (em locução com outrxs pesquisadorxs), cujos impactos decorrentes da pandemia têm levado tanto a mudanças contextuais, quanto à necessidade de novas estratégias investigativas.

Seminário coordenado por Heitor Frúgoli Jr. (docente da FFLCH-USP), que orienta (ou orientou) os trabalhos dxs apresentadorxs do segundo, terceiro e quarto seminários, e supervisionou o trabalho do quinto apresentador (orientado por Eduardo Nivón Bolán); o primeiro apresentador tem a orientação de Luiz Eduardo P. B. T. Dantas.

Programação completa em PDF

Sessão 1: Ciclistas entregadores de plataformas digitais
Com Eduardo Rumenig (doutorando da Escola de Educação Física e Esporte, USP)
26/8, quarta, 19h
A bicicleta e as tecnologias da informação e comunicação (TICs) figuram como elementos constitutivos do mundo do trabalho e da paisagem urbana contemporânea. A partir de três eixos – corpo dos ciclistas, sociabilidades ancoradas no capitalismo de plataforma e cidade – refletir-se-á sobre as dis/utopias inscritas no uso da bicicleta subsumida ao capitalismo de plataforma na cidade de São Paulo.

Sessão 2: Torcidas de futebol: redes e sociabilidades no contexto brasileiro da pandemia
Com Mariana Mandelli (mestre em Antropologia Social, PPGAS-USP)
Convidado: Luiz Henrique Toledo, docente da UFSCar
28/8, sexta, 19h
Em um momento de privação do estádio, os torcedores ganharam protagonismo pela participação em protestos antifascistas e por ações de solidariedade com as suas respectivas comunidades. A ideia é discutir como o clubismo se torna agente dessas e de outras redes de relações para além do jogo em si.

Sessão 3: A exceção e o invisível insistente: a presença transgressora da população de rua na região central de São Paulo em tempos de coronavírus
Com Leandro Carneiro de Souza (mestrando em Antropologia Social, PPGAS-USP)
Convidado: Tomás Melo, docente da PUC-PR e integrante do INRUA (Instituto Nacional de Direitos Humanos da População de Rua)
31/8, segunda, 19h
A partir da noção de invisível geralmente atribuída à população em situação de rua, busca-se compreender as políticas de Estado no contexto da pandemia, as narrativas produzidas por meios de comunicação, os modos como esta população reconfigura o espaço e as relações sociais e desafia a ordem e o olhar de citadinos.

Sessão 4: Lazer, periferia e pandemia: reordenamentos em espaços e práticas de lazer
Com Wesllen Cosme de Souza (mestrando em Antropologia Social, PPGAS-USP)
Convidado: Enrico Spaggiari, doutor em Antropologia Social (PPGAS-USP)
2/9, quarta, 19h
Com a pandemia, têm sido impactadas as formas de lazer em espaços públicos, o que ganha contornos específicos em áreas periféricas, cujas práticas são distintas daquelas que se observam em bairros de classes médias. Pretende-se abordar as novas estratégias e possibilidades de encontro e de desfrute do lazer num bairro da periferia de uma cidade da região metropolitana de São Paulo.

Sessão 5: Lo que el encierro deja escapar: reflexión sobre mi confinamiento en São Paulo, Ciudad de México y Tijuana
Com Orlando Elorza Guzmán (doutorando da Universidad Autónoma Metropolitana - Iztapalapa (UAM-I))
4/9, sexta, 19h
Esta reflexión consiste en mis vivencias durante el confinamiento en mi última etapa de trabajo de campo en São Paulo; el regreso a mi país y a la Ciudad de México después de sietes meses de ausencia; así como llegar por primera vez a vivir a Tijuana, ciudad fronteriza. Esta crisis global me ha dado una visión personal desde tres vertientes, en la que me cuestiono las similitudes y las diferencias de las intimidades contextuales de estas tres grandes ciudades.