No dia 19/02/2016 (sexta-feira), no LISA (Laboratório de Imagem e Som em Antropologia), Isaka Huni Kuin (Kaxinawá) irá falar sobre o processo de criação do videogame Huni Kuin: Yube Baitana (os caminhos da jiboia), que está sendo feito em parceria entre uma equipe de antropólogos, desenvolvedores de games e os Huni Kuin da Terra Indígena Kaxinawá do Jordão, do qual ele é o coordenador indígena. Osvaldo Manduca Mateus Kaxinawá (Isaka) é professor na aldeia São Joaquim/Centro de Memórias, Terra Indígena Kaxinawá do Baixo Rio Jordão, Acre. É filho do pajé Agostinho Manduca Ika Muru. Isaka é presidente do coletivo de produções audiovisuais “Beya Xinã Bena” (Cultura Novo Tempo) e um dos coordenadores do Ponto de Cultura de sua aldeia. Este jogo eletrônico foi desenvolvido a fim de abordar a cultura do povo indígena Kaxinawá (ou Huni Kuin, como eles próprios costumam se denominar), a fim de possibilitar uma experiência de intercâmbio de conhecimentos e memórias indígenas por meio de uma nova linguagem: os videogames. A proposta do jogo é propiciar uma imersão no universo Kaxinawá, em que os jogadores possam entrar em contato com saberes indígenas – como os cantos, grafismos, histórias, mitos e rituais deste povo – possibilitando uma circulação destes conhecimentos por uma rede mais ampla. Neste sentido, a própria produção do jogo foi concebida como uma criação coletiva da equipe de pesquisadores, da equipe técnica e dos narradores, desenhistas e cantadores indígenas envolvidos no projeto, que buscaram um esforço permanente de tradução entre culturas, mídias e formatos. No mês de Abril o jogo completo estará disponível gratuitamente na internet em quatro idiomas: hatxã kuin, português, inglês e espanhol.